sexta-feira, 4 de março de 2011

Lidar com a diabetes gestacional

O que é a Diabetes Gestacional ?

Durante a gravidez há um aumento de hormonas que são produzidas pela placenta, o que têm uma acção oposta à insulina. Para contrabalançar este efeito o pâncreas aumenta a sua produção de insulina e em algumas mulheres - em média, 5% das mulheres grávidas - este aumento não se produz de forma adequada, provocando um acréscimento exagerado dos níveis de glucose (hiperglicémia). É esta alteração, na esmagadora maioria dos casos, transitória durante a gravidez, que se designa por diabetes gestacional. A diabetes gestacional afecta fundamentalmente o feto, podendo provocar nele excesso de peso (Macrossomia) que pode dificultar o parto ou provocar a baixa de açucar no sangue ao nascer (Hipoglicemia). Sabe-se, hoje em dia, que a diabetes gestacional aumenta também o risco de a criança vir a desenvolver diabetes tipo 2. Em cerca de 90% dos casos, os níveis de glicose no sangue regressam ao normal após o parto, mas estas mulheres permanecerem em grande risco de desenvolver diabetes numa fase posterior da vida.


Como se diagnostica ?

Os sintomas da diabetes gestacional incluem fadiga, sede excessiva e urinar muito, mas muitas  vezes não há sintomas; por esta razão, apenas pode ser diagnosticada através da realização de análises ao sangue.

O teste de detecção mais frequentemente usado consiste em medir o açucar no sangue uma hora depois de tomar 50gr.de glucose dissolvidos em água (teste de O'Sullivan). Um valor igual ou superior a 140 mg/dl é um sinal de alerta que exige outras provas de confirmação diagnóstica.

Este teste deve ser feito a todas as grávidas entre as 24 e as 28 semanas de gestação, sendo repetido às 32 semanas. Nas mulheres com factores de risco para diabetes gestacional - idade superior a 35 anos, antecedentes familiares, obesidade, diabetes gestacional em gravidezes anteriores - o teste deve ser realizado logo durante o primeiro trimestre de gravidez.


Recomendações


 

Os objectivos do tratamento da diabetes gestacional através da nutrição são proporcionar calorias suficientes para o aumento de peso apropriado na gravidez, atingir e manter os níveis normais de glicose no sangue e evitar a produção de corpos cetónicos.

Corpos cetónicos

Como, no caso de diabetes, o corpo não pode utilizar a glicose eficazmente como fonte de energia, obterá energia utilizando as gorduras e produzindo produtos tóxicos chamados corpos cetónicos. A produção de corpos cetónicos (cetoacidose) no corpo provoca sintomas como hálito frutado, náusea e dores abdominais.
 Se lhe for diagnosticada diabetes gestacional, o seu médico pedir-lhe.á que controle os seus níveis de glicose no sangue através de um teste com uma picada no dedo e que teste a urina ou o sangue para ver se tem corpos cetónicos.
As mulheres com diabetes gestacional são aconselhadas a consultarem um nutricionista para obter conselhos e para conceber um plano de refeições que será ajustado ao lngo da gravidez com base nos níveis de glicose registados.

Planeamente de refeições

Normalmente, 40-45% das calorias obtidas através da alimentação devem provir dos hidratos de carbono. Recomenda-se uma ceia noctura para evitar a cetoacide durante a noite. Os hidratos de carbono não são tão bem tolerados ao pequeno-almoço como nas outras refeições, possivelmente devido aos níveis de certas hormonas, pelo que um plano de refeições inicial poderá limitá-los.

Injecções de insulina

Se os seus níveis de açucar no sangue forem persistentemente elevados, é provável que tenha de levar injecções de insulina. É o melhor para o seu bebé e, com a ajuda do seu obstetra, pode ter uma gravidez saudável. O prinvipal objectivo  desta terapia é evitar as complicações associadas à diabetes gestacional na mãe e no bebé. Se os seus níveis de açúcar no sangue não forem tratados, o seu bebé poderá aumentar demasiado de peso e poderá ter de nascer através de cesariana.


terça-feira, 1 de março de 2011

tratamento

 Todo o diabético deve ser submetido a um tratamento que tem metas muito precisas : fazer desaparecer os eventuais transtornos, normalizar o apetite, a sede, a quantidade de urina, o estado geral e o peso, assim como o nível de glicose no sangue.

 O tratamento é necessário para evitar não só o coma que poderá ameaçar o paciente, como também as complicações, particularmente as que resultam da lesão dos pequenos vaosos (microangiopatia).
 Os diabéticos devem recever uma informação pontual acerca das possíveis complicações da sua doença, de como reconhecê-las e evitá-las. Durante toda a sua vida terão de submeter-se a um severo controla e, é claro, deverão observar estritamente o tratamento prescrito quanto ao regime alimentar, que variará segundo os casos, e à medicação, quer seja por via oral, quer por meio de injecções de insulina.
 Também deverão observar todas as precauções indicadas quanto à sua higiene e, ponto importante, à sua actividade física. Um diabético tem de dispor permanentemente de duas balanças: uma de cozinha, para pesar os alimentos, e outro para controlar o seu peso.
 Quem sofre de diabetes poderá viajar tranquilamente, com a condição de sempre levar consigo os produtos indispensáveis prescritos pelo médico e sem se esquecefr, para um possível casos de hipoglicemia, açucar e injecções de glucágon. O glucágon é um harmonio também produzido pelo pâncreas nos ilhéus de Langerhans, embora por células distintas das que produzem a insulina. Por outro lado, o glucágon tem uma acção inversa à da insulina e, portanto, aumento o nível de açucar no sangue. É por isso que é utilizado no tratamento de urgência do coma hipoglicêmico quando não se dispõe de uma solução de glicose.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Complicações e tratamento da diabetes

Qual é o futuro do diabético? A tua complicações poderá encontrar-se exposto? Neste sentido, devemos assinalar que existem algumas complicações agudas e outras de carácter crónico.

 Complicações agudas
Entre estas complicações devem citar-se os comas, ou seja, a perda, total ou parcial, da consciência, com conservação das funções respiratória e circulatória.
 Os comas mais frequentes são os chamados coma cetoacidótico e coma hpoglicemico. No primeiro, além dos habituais sintomas do coma, produz-se uma dificuldade nas pauses que o doente efectua depois da inspiração e da experiração, acompanhada de um característico odor do hálito e da presença na urina de corpos cetônicos. Há sempre que desconfiar das perturbações digestivas e das anomalias da respiração, posto que tanto umas como outras anunciam com frequência o aparecimento do coma citado. É uma complicação que sobrevém principalmente no diabético magro.
 O coma hipoglicémico implica uma importante descida da quantidade de açucar no sangue. Esta descida poderá ser devida a um estado fisiológico, como a menstruação, ou a um estado patológico, como  a hipertensão arterial. Mas, essencialmente, este tipo de coma costuma estar relacionado com um erro no tratamento, quer seja com insulina, quer seja com antidiabéticos absorvidos por via oral.
Frequentemente se faz anunciar com intensa dispnéia, vertigens, inabitual aumento do apetite, dores de cabeça e suores abundantes que ás vezes se unem em inesperados transtornos no comportamento, com injustificadas crises de raiva ou riso ou pronunciamento de frases incoerentes. Em algumas ocasiões, também apareçe diplopia (visão dupla dos objectos) ou pequenas paralisias nos membros.

Complicações crónicas
 As complicações crónicas da diabetes mellitus são, em grande parte, evitadas ou atenuadas mediante um tratamento adequado da doença. Se dividem em quatro variedades principais, segundo ataquem as artérias, o sistema nervoso, os olhos ou se manifestem por meio de infecções. 
         As complicações arteriais,  as mais importantes sem dúvida alguma, são responsáveis por por, pelo menos, três quartos das mortes. O coração é o principal órgão lesionado e a obstrução de uma dassuas artérias, dá origem a um enfarte do miocárdio, cuja gravidade varia segundo os casos. Também devemos destacar as lesões arteriais do cérebro e dos membros. Todas estas complicações se devem à ateromatose conhecida vulgarmente por arteriosclerose, que consiste na presença de depósitos de gordura e de cálcio que começam por estreitar as artérias e acabam obstruindo-as. Esta anomalia, evidentemente, não existe somente no diabéticos; tanto assim é que a maior parte dos ateromatosicos não são diabéticos. O que acontece é que nestes a sua principal característica é a difusão da lesão arterial e o facto de, essencialmente, atacar as artérias de calibre médio e pequeno, sobretudo os capilares. Daí a frequência da constatação de hipertensão arterial.
 A lesão dos capilares dá origem á chamada microangiopatia diabética, que afecta os vasos de pequeno calibre, com um di^`ametro inferior a trinta milésimas de milímetro. A microangiopatia é responsável pelas lesões do rim e da retinam que costumam aparecer ao cabo de 10 ou 15 anos depois do início do processo diabético.


1. microangiopatia diabética

A afecção do sistema nervoso, que se conhece como neuropatia diabética, não é grave em si, mas existe um paralelismo entre esta complicação e as lesões arteriais. Um ou vários nervosos poderão ser atacados, devido principalmente á falta de insulina que o nervo sofre e á acumulação de glicose, que chega a alterar a sua estrutura.
 As duas complicações oculares que ameaçam o diabético, fora a lesão da retina, são a catarata, muito rara nos jovens, e o glaucoma que se caracteriza por um aumento da pressão ocular e que inclusive leva à cegueira, se não for adequadamente tratado.
 As infeccções

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Causas da doença

 Tendo em conta as explicações dadas interiormente que qualquer factor capaz de diminuir, suprimir ou alterar a secreção de insulina, ou inclusive de criar necessidades excessivas deste hormônio poderá provocar uma diabetes.
  1.  Em determinados casos não se chega a descobrir uma causa claramente definida. Trata-se, então, de uma falha constitucional das células pancreáticas produtoras de insulina. Em outros casos existe uma causa concreta e determinada que chega a transtornar o funcionamento do pâncreas. É o que acontece quando, por exemplo, se extirpa cirurgicamente uma parter ou a totalidade deste órgão.
  2.  A gravidez facilita o aparecimento de uma diabetes, transitória ou definitiva, por várias razões: durante a gestação é secretada uma grande quantidade de hormônios que constituem factores de resistência à insulina. Outro fator é o aumento de peso e o desenvolvimento do tecido adiposo na mulher grávida.
  3. Às vezes são as doenças do próprio pâncreas que influem na origem da diabetes e também há outras afecções que exercem indirectamente uma acção diabetogênea ao atacarem outras glândulas, como a supra-real ou a hipófise. 
 Embora já o tenhamos dito antes, cabe lembrar que a cortisona e seus derivados, assim como os anticoncepcionais, favorecem o aparecimento da diabetes mellitus. Também o favorecem os diuréticos e, em casos excepcionais, as intoicações provadas, por exemplo, por raticidas.




1. Quando a quantidade

Processo que leva à diabetes

 Para compreender o processo que leva à diabetes devemos lembrar as transformações da glicose, ou seja, o seu metabolismo  no organismo.
 A glicose é um açucar indispensável á vida. É um alimento que, fornecido pelo sangue a cada célula, representa um dos elementos essenciais que lhe conferem a sua energia.
 Assim, a glicose é como carburante celular. A célula a utiliza graças, em grande parte, ao produto de secreção de certas regiões do pâncreas, glândula situada na parte superior do abdómen e rodeada pelo duodeno, ou seja, o primeiro segmento do intestino. Essas regiões particulares do pâncreas recebem o nome de ilhéus de Langerhans.
 Foi demonstrado que a destruição destes ilhéus desencadeia o aparecimento de uma diabetes mellitus. O produto que segregam indispensável para que a célula possa utilizar a glicose fornecida pelos alimentos é um hormônio chamado insulina, que, como todos os hormônios, é vertido no sangue. Definitivamente, é a ausência de insulina que provoca a diabetes.

variedades da doença

Em função do grau da afecção, pode dizer-se que existem cinco variedades de diabetes mellitus:
  1. O diabético potencial não tem mais que uma predisposição para a doença. Não apresenta qualquer sintoma dela e trata-se somente de um individuo com elevado risco, pelo que deverá submeter-se a uma cuidadosa vigilância.
  2. O diabético latente tão pouco apresenta sintomas manifestos, mas sim uma perturbação que se observa quando se efectuam certas explorações, como o teste de hiperglicemia provocada, praticado em condições particulares; por exemplo, com a ministração de cortisona, já que este hormônio pode favorecer a quantidade de glicose no sangue. Não se trata de um diabético propriamente dito, mas poderá chegar a sê-lo com mais probabilidades que qualquer outra pessoa normal ao surgir qualquer factor favorecedor, cmo o esgotamento, uma gravidez ou uma intervenção cirurgica.
  3. O diabético assintomático carece dos sintomas caracteristicos da doença, mas apresenta resultados anormais no teste de hiperglicimeia provocada, praticada sem a administração de cortisona, ou seja em condições normais.
  4. O diabético obeso sofre, além de um excesso de peso, uma diabetes de maturidade.
  5. O diabético magro sofre uma consideravel perda de peso, apresenta na urina grandes quantidades de glicose e substâncias químicas especiais, chamadas corpos cetônicos. São os jovens que sofrem desta variedade de diabetes e, embora seja pouco frequente (somente de 10% a 20% dos afectados), se trata de uma diabetes muito grave e cujo tratamento é urgente. Não existe, em definitivo uma diabetes mellitus, mas várias, que necessitam de tratamentos diferentes e que talvez sejam originadas por diversas causas.